ELIAS SOUTO, JORNALISTA, PIONEIRO DA
IMPRENSA DIÁRIA EM NATAL, PROFESSOR, POETA, NOME DE PRÊMIO DO JORNALISMO DA
FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO, CRIADO EM 1984
ASSU-RN, 25/01/1848 – NATAL,
17/05/1906
ELIAS ANTÔNIO FERREIRA SOUTO, aos
17 anos ficou paralítico, o que não impediu de dede cedo ser professor
primário. Ensinou português em escolas públicas de Açu, Macau, São José de
Mipibu. Adversário do governador PEDRO VELHO era sempre transferido e em cada
cidade fundava um jornal. Quando estava em São José, foi transferido para ensinar
Educação Física em Pau dos Ferros, e não se conformado com isso, preferiu se
demitir. Em Natal, ensinou no Atheneu.
Tinha grande
tendência para as letras e para o jornalismo politico. Antes da República,
manteve e dirigiu os jornais O Sertanejo (1873-1976), o jornal de Açu
(1876-1895), O Açuense ( o segundo jornal com este nome (1885 e O Macauense (1886
– 1889. Em São José O Nortista, fazendo oposição ao partido de Pedro Velho. Em
1893 mudou-se para Natal continuando a publicá-lo, e , ao transformar em folha
diária passou a se chamar DIÁRIO DO NATAL. O nome referia-se à frdta do Natal e
não à Cidade do Natal, e não se trata do diário atual (extinto), este começou a
circular em 18/09/1939.
Embora fosse do
Partido conservador da monarquia, ELIAS SOUTO defendia os ideais
abolicionistas, sendo um dos fundadores da organização LIBERTADORA AÇUENSE. Na luta
para manter jornais contava com o apoio financeiro de conservador AUGUSTO
LEOPOLDO DA CÂMARA, pai do Interventor MÁRIO CÂMARA. Em fevereiro de 1906
Diário de Natal sofreu um empastelamento promovido pela polícia do governo.
Coronel Quintino, Formoso por ter combatido lampião, invadiu o jornal com
outros policiais, vestido de mulher. O empastelamento era uma mistura de tipos,
impedindo de ser editado o jornal
Aos trinta anos
casou-se com TERESA SOUTO e tiveram seis filhos, Uma das filhas, ELISA SOUTO,
REVISORA DO diário de natal, era considerada o braço direito do pai. Sobre ela,
disse CASCUDO na Acta Diurna de 31/05/1959 “Conhecia sua história e todo o
movimento da oposição, nomes, casos, Episódios, Segredos, batalhas, alegrias,
mágoas. Foi uma das inteligências mais lucidas, penetrantes e felizes que o
conheci”. Casou-se com Dionísio Filgueira em 1913 e apesar de ter deixado o jornalismo
com a morte do apaí, continuou exercendo influência política no Estado.
Viúvo jovem,
Elias manteve um relacionamento com a Segunda, com tem uma filha chamada
TERCEIRA. Permaneceu â frente do DN até o seu falecimento aos 58 anos de idade.
O Coronel José da Penha assumiu o jornal em 1906, mantendo-o ate 1913.
Elias Souto foi
patrono da cadeira número 10 da Academia DE Letras, depois ocupada por outro
jornalista, BRUNO PEREIRA. Sobre nosso biografalo assim se refere o escritor MANOEL RODRIGUES
DE MELO “Elias Souto era um homem de visão aguda e penetrante, pois sendo do
século, tão individualista quanto burguês, não se aferrava a preconceitos, mas acompanhava
o tempo, evoluindo com suas transformações e novidades
FONTE – LIVRO 400
NOMES DE NATAL
ELIAS ANTÔNIO
FERREIRA SOUTO
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